Os processos de soldagem são a espinha dorsal de muitas indústrias, incluindo a construção, a fabricação de automóveis, a naval, entre outras. Com a contínua expansão e evolução dos setores industriais, a necessidade de processos de soldagem eficientes e versáteis nunca foi tão grande.
Por isso, é essencial conhecer todos eles para saber qual melhor se aplica à sua necessidade e, assim, poder oferecer melhor qualidade da superfície soldada.
Neste artigo, a Messer vai explorar os diversos tipos de processos de soldagem, suas vantagens, aplicações e formas eficazes de utilização. Confira!
Quantos tipos de processos de soldagem existem?
Existem muitos processos de soldagem, cada um com suas próprias características e aplicações. A seguir, listamos os dez tipos de soldagem mais comumente usados:
- Eletrodo revestido (SMAW)
- TIG
- MIG/MAG (GMAW)
- Arame tubular (FCAW)
- Solda a laser
- Soldagem plasma (PAW)
- Oxigás
- Arco submerso (SAW)
Principais tipos de solda e suas aplicações
Vamos examinar alguns dos principais processos de soldagem e suas aplicações de forma mais aprofundada.
Eletrodo revestido
O processo de soldagem com eletrodo revestido, também conhecido como soldagem de arco manual, é uma técnica comum usada em diversas indústrias devido à sua simplicidade e versatilidade.
Benefícios
- Versatilidade: a soldagem com eletrodo revestido pode ser usada em vários metais e ligas.
- Portabilidade: os equipamentos de solda são leves e compactos, o que os torna fáceis de transportar.
- Custo: como o equipamento é simples, a soldagem com eletrodo revestido é uma opção versátil em comparação a outros processos de soldagem.
Em quais superfícies usar?
A soldagem com eletrodo revestido pode ser aplicada a uma grande variedade de metais, incluindo aço-carbono, aço inoxidável, ferro fundido e várias ligas. Ela pode ser usada em qualquer posição, incluindo plana, horizontal, vertical e até mesmo de cabeça para baixo.
Quais gases utilizar no processo?
O gás necessário para proteger o arco é gerado pela queima do revestimento do próprio eletrodo, então não é necessário adicionar um gás externo. Esse revestimento, quando queimado, cria um gás de proteção que envolve a área de soldagem, evitando a contaminação do material fundido pelo AR atmosférico, como o oxigênio.
Solda TIG
A soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) é um processo de soldagem que usa um eletrodo de tungstênio não consumível para produzir a solda e é adequado para a união de metais com alto grau de confiabilidade.
Benefícios
- Alta confiabilidade: a soldagem TIG é conhecida pela sua precisão e qualidade. Produz soldas limpas com pouca geração de respingos e fumos metálicos.
- Controlável: o processo TIG permite ao soldador controlar o aquecimento e a taxa de deposição do metal, o que facilita a soldagem de peças finas e delicadas.
Em quais superfícies usar?
É ideal para aço inoxidável, alumínio, cobre e outros metais que requerem um alto nível de precisão e limpeza na solda. Devido ao seu controle preciso, é muito usada em aplicações industriais, como química, Óleo & Gás e alimentícia.
Quais gases utilizar no processo?
O gás utilizado na soldagem TIG é tipicamente inerte, como argônio ou hélio, ou uma mistura deles. O argônio é o mais comumente usado por causa de suas propriedades de proteção e sua compatibilidade com a maioria dos metais.
Solda MIG/MAG
A soldagem MIG/MAG (Metal Inert Gas/Metal Active Gas) é um processo semiautomático ou automático que usa um arame como eletrodo e um gás de proteção.
Benefícios
- Alta produtividade: permite soldas mais rápidas e contínuas, pois o arame-eletrodo é alimentado automaticamente pela tocha de soldagem.
- Fácil de aprender: comparado com outros processos de soldagem, o MIG/MAG é considerado mais fácil de aprender e usar.
Em quais superfícies usar?
Chapas de aço, tubos e perfis. Ela é usada principalmente em chapas metálicas e peças de média a alta espessura.
Quais gases utilizar no processo?
A escolha do gás de proteção na soldagem MIG/MAG depende do material a ser soldado.
Para a soldagem MIG, que é usada principalmente para alumínio e ligas não ferrosas, o gás de proteção geralmente é argônio ou uma mistura de argônio com hélio.
Para a soldagem MAG, que é usada para aços-carbono e aços de baixa liga, o gás de proteção é geralmente uma mistura de argônio com dióxido de carbono ou oxigênio.
Soldagem a plasma
A soldagem a plasma é um processo que utiliza um jato de gás ionizado a alta temperatura, chamado plasma, para derreter e unir os materiais.
Benefícios
- Qualidade: a soldagem a plasma produz soldas de alta qualidade com menos distorção e acabamento superior.
- Velocidade: comparada a outros métodos, a soldagem a plasma é capaz de soldar a altas velocidades.
Em quais superfícies usar?
A soldagem a plasma é usada em vários tipos de metais, incluindo aço-carbono, aço inoxidável, alumínio e ligas de cobre. É especialmente útil para soldar metais com pouca espessura e para aplicações que requerem uma solda de alta precisão.
Quais gases utilizar no processo?
O gás utilizado na soldagem a plasma pode variar, dependendo do material e da aplicação. Gases comuns incluem argônio, hélio, nitrogênio e misturas desses gases. O gás de plasma (o gás que é ionizado para formar o plasma) é normalmente o argônio, enquanto o gás de proteção pode ser uma mistura de argônio e hidrogênio.
Qual é o melhor processo de soldagem?
Não existe um “melhor” processo de soldagem universal, pois o processo mais adequado depende do material a ser soldado, do tipo de junta, da qualidade desejada, da velocidade de produção e do ambiente de soldagem.
Por exemplo, a soldagem TIG é ótima para soldas de alta qualidade em metais com pouca espessura, enquanto a soldagem MIG/MAG é excelente para a produção de alta velocidade em uma variedade de materiais.
A soldagem com eletrodo é muito utilizada pela sua simplicidade e portabilidade, e a soldagem a plasma é conhecida pela sua alta velocidade e capacidade de soldar vários tipos de metais.
É sempre importante entender os prós e contras de cada processo para determinar o melhor método para cada situação específica.
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